Theratogs | A Ciência de TheraTogs: Cinesiologia

A Ciência de TheraTogs: Cinesiologia

Sobre o Theratogs

A Ciência de TheraTogs: Cinesiologia

Cinesiologia é o estudo da anatomia do movimento, com foco nas estratégias de recrutamento muscular utilizadas na execução – e otimização – de tarefas funcionais. A ação muscular efetiva depende do estado da função cerebral, estímulos somatossensoriais e controle postural ou estabilidade na manutenção de posturas funcionais. O funcionamento muscular ideal ocorre na presença de alinhamento articular relacionado com o alongamento e força dos músculos. [1]

Os músculos propiciam a manutenção da postura ereta e as ações intencionais independentemente do alinhamento articular – na verdade, os músculos são notavelmente capazes de satisfazer uma necessidade funcional apesar de problemas de posicionamento dos ossos e articulações. Quando utilizados de forma tônica e por muito tempo em um movimento ou estratégia de equilíbrio incorreta, os músculos se adaptam para o uso em menor amplitude gerando o encurtamento. (Ver também Adaptação Fisiológica, abaixo).

Sahrmann (2002 e 2010) aborda os problemas de desequilíbrio no uso dos pares musculares que resultam em síndromes que prejudicam o sistema de movimentos. No desequilíbrio muscular, um músculo ou grupo de músculos domina (tornando-se mais curto e excessivamente utilizado) e seu antagonista ou sinergista torna-se dominado (alongado e sub-utilizado). (Ver a abordagem do Sistema de Análise de Movimentos para mais detalhes.)

Demonstração

Ande com seus membros inferiores voltados para fora e perceba que você utiliza os músculos adutores dos quadris – cuja intenção é manter as coxas unidas – ao invés dos músculos flexores  – cuja intenção é movimentar os membros. Desenvolver o alinhamento articular estimula o recrutamento cinesiológico intencional dos músculos corretos.

O Papel de TheraTogs’ na Cinesiologia

Ao invés de alongar o músculo dominante (curto), os médicos utilizam TheraTogs para trabalhar as estratégias de movimentos comprometidas – que provocam o desequilíbrio – da seguinte forma:

  • Otimizando a base de apoio – alinhar os pés e joelhos na posição em pé e a pelve em posições sentadas
  • Melhorando a postura de descanso – o alinhamento a partir do qual o usuário inicia movimentos mais apropriados cinesiologicamente
  • Melhorando o alinhamento funcional e a estabilidade do tronco e quadris ou escápula
  • Utilizando as faixas TogRite, que encurtam os músculos pouco utilizados, permitindo que trabalhem com menor alongamento
  • Aumentando o nível de percepção sensorial – e, portanto, o recrutamento – dos músculos pouco utilizados

Maguire (2009) avaliou a atividade do músculo adutor dos quadris em adultos com derrame enquanto caminhavam a) com auxílio de bengala e b) sem o auxílio de bengala mas utilizando roupas TheraTogs com faixas para auxiliar a abdução dos quadris aplicadas do lado afetado. [2] A atividade muscular dos quadris diminuiu com o uso da bengala e aumentou significativamente com o uso de TheraTogs. Os resultados positivos deste estudo preliminar motivaram um estudo mais amplo, em fase de realização na Suíça. [3]

Dica: TheraTogs são feitos com tecido elástico. Não são capazes de fornecer suporte passivo ao tronco. Não podem, de maneira alguma, produzir movimentos dos membros. Eles fornecem assistência flexível ao usuário, trabalhando o alinhamento postural e articular. É comum que o usuário desenvolva fadiga ao executar atividades de rotina com o alinhamento correto. Músculos que trabalham contra a gravidade estão sendo recrutados de novas maneiras e em distâncias menores. Cuidadores podem facilmente garantir períodos de descanso ao soltar as faixas temporariamente.

Referências

  1. Sahrmann SA. 2010. Movement System Impairment Syndromes of the Extremities, Cervical and Thoracic Spines. St. Louis, MO: Elsevier
  2. Maguire C, Seiben JM, et al. 2009. Hip abductor control in walking following stroke – the immediate effect of canes, taping and TheraTogs on gait. Clin Rehabil OnlineFirst, published on November 11, 2009 as doi:10.1177/0269215509342335.
  3. Maguire C et al. BMC Neurology 2012, 12 . http://www.biomedcentral.com/1471-2377/12/18
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